É hora de viralizar a criatividade

O Coronavírus Covid-19 transformou radicalmente a maneira das empresas trabalharem. O home office, antes considerado normal para algumas empresas, especialmente entre profissionais que atuam diretamente com tecnologia, agora alcança os mais diversos setores, que se veem obrigados a adotá-lo. Muitos deles, pela primeira vez.

As plataformas de videoconferência, aliadas ao armazenamento em nuvem, viabilizam a realização remota de muitas atividades. Esse cenário não seria possível há algumas décadas, o que poderia impactar ainda mais a economia mundial no atual cenário.

Recentemente, participei de uma videoconferência com 10 pessoas. Entre elas, um amigo meu que, assumidamente, se intitula “jurássico tecnológico”. Pois bem, até ele não se conteve com a novidade e exclamou: “Não é que isso funciona mesmo!”.

Tudo indica que o home office tende a se equiparar ao trabalho externo. Isso significa uma mudança de paradigma. As formas como as empresas lidam hoje com os fatos definem o seu futuro. A maneira de trabalhar é uma delas.

As maiores empresas do mundo já aderiram à prática. Google, Facebook, Apple e Twitter – companhias nascidas no modelo da comunicação globalizada –anunciaram novas e importantes recomendações para garantir que seus colaboradores home office em diversos países não sejam afetados pela pandemia.

Ante os efeitos de curto prazo do surto na economia global, empresas procuram fazer o possível para se adaptarem. Não é fácil. O setor de live marketing, por exemplo, viu seus contratos abruptamente encerrados e os eventos totalmente cancelados. Com isso, muitas empresas estão mudando seu foco para fluxos de receitas alternativas. Por meio da produção profissional de videoconferências, apostam, por exemplo, nos streamings, para adaptarem-se as novas demandas.

A crise nas agências de publicidade é acentuada, com a decisão dos anunciantes em adiar as campanhas. Ao mesmo tempo, observam crescer, acima da normalidade, o envolvimento da audiência nas redes sociais, resultante do isolamento doméstico dos consumidores.

Os anunciantes estão descobrindo que ações de marketing social podem ser as mais adequadas para uma época em que conteúdo produzido em casa permanece viável. Enquanto isso, as produções que exigem sessões de fotos, filmagens e demais ações externas, que envolvem dezenas ou centenas de pessoas, ficaram impossibilitadas.

Então, algumas ideias para o marketing em tempo de coronavirus podem estar no seu próprio conteúdo. Pensou nisso?

O conteúdo veiculado no website, blog ou nas redes sociais da sua empresa podem e devem refletir melhor o posicionamento da marca e dos serviços que se oferece. Então, quem sabe a hora de repensar seja agora. Forneça informações relevantes aos atuais e potenciais clientes, levando em conta que o prospect tem tempo disponível e está receptivo às novidades.

Segundo recente pesquisa da Kantar, a navegação na internet aumentou em 70%, seguida de 63% da TV e o engajamento nas mídias sociais em 61% em comparação com as médias de uso antes da pandemia. A pesquisa ainda revela que 25% dos brasileiros querem que as empresas sirvam de exemplo e sejam guias de uma rota de mudança neste momento de crise. E 21% dos brasileiros têm a expectativa de que empresas sejam práticas e realistas e ajudem os consumidores no dia a dia.

Quem sabe esteja aí a base para o futuro do seu negócio. Em outras palavras, existem muitos conteúdos exploráveis que podem ser extremamente úteis para o seu negócio. Agora é a hora de buscar novos e preciosos engajamentos. Pense nisso!

Todos esperamos que esta pandemia passe logo, com menor impacto negativo em nossas vidas, em nossas empresas, em nossa sociedade.

E, quanto às iniciativas de marketing, agora é a hora de viralizar a criatividade para o manter negócios, atrair leads e efetivar vendas. Coragem!

 


Beto Marques
Diretor de criação e co-fundador da Gorilla Comunicação, vice-presidente de comunicação da ADVB – Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil e da Fundação Brasileira de Marketing.

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